domingo, 12 de junho de 2011

TEC - Transferência de Embriões Criopreservados

Sempre que o casal, num ciclo de FIV ou ICSI consegue um número maior de embriões do que os que são transferidos e sempre que os excedentes tenham qualidade suficiente, podem optar por criopreservar.

Foi o que fizémos, com plena consciência de que teriam o melhor fim possível. Na altura, como estavamos extremamente otimistas pensavamos que estariam alí os irmãozinhos do nosso primeiro bebé, mas afinal serão estes nos trazem toda a esperança de sermos muito em breve pais.

Como curiosa que sou, andei a pesquisar e a ler vários artigos. Gostei especialmente destes que citarei nos próximos dias uma vez que são resultados de vários estudos internacionais sobre esta (ainda) técnica tão recente...

Princípios básicos da criopreservação

Os primeiros estudos de Whittingham e cols. (1972) mostraram que o congelamento lento de embriões de camundongo nas fases iniciais de clivagem, na presença de dimetil-sulfóxido (DMSO), seguido de um processo lento de descongelamento, não afetava a sobrevida dos embriões e seu futuro desenvolvimento. Em 1983, Trounson e Mohr obtiveram uma gestação clínica após criopreservarem pela primeira vez embriões humanos usando uma variação deste método. Em seguida, diversos grupos relataram a eficácia desta metodologia (Zeilmaker e cols., 1984; Mohr e cols., 1985; Trounson, 1986). Habitualmente, quando um líquido está sendo congelado, a temperatura poderá cair abaixo de 0º C, neste momento o gelo é formado e a temperatura retorna a 0º C, até que o líquido seja totalmente congelado. Nesse processo em que a temperatura do líquido pode ser reduzida abaixo do ponto de congelamento sem a solidificação do líquido, ocorre uma liberação do calor de fusão necessário para formar a estrutura molecular da água sólida. O sucesso da criopreservação da célula depende da velocidade do congelamento e da composição da solução, onde as células são congeladas. Inicialmente, a água extracelular congela, no momento em que a célula se aproxima do ponto de congelamento, removendo o líquido extracelular, fato que acarreta um aumento de osmolaridade. Com esse desiquilíbrio osmótico, a água é retirada da célula para o compartimento extracelular, ocasionando uma diminuição do volume celular. Uma adequada desidratação celular depende da velocidade do congelamento de forma a não provocar uma lise da célula. No caso de um congelamento muito lento, o equilíbrio permanecerá constante e a célula ficará exposta ao crioprotetor e ao estresse osmótico por tempo prolongado, fato que poderá acarretar a morte celular. Ao contrário, no caso de congelamento muito rápido, a desidratação será insuficiente e causará a formação de gelo intracelular ocasionando a lise da célula na ocasião do descongelamento (Lopez-Bejar e cols., 1994). Para evitar o dano celular, mesmo com uma velocidade de descongelamento controlada, há necessidade do emprego de crioprotetores (Figura 9.1).



Fonte: ver aqui

2 comentários:

  1. ah pois é....

    a mi fazia-me uma certa confusão esta técnica.... não me parecia tão viável como a FIV, mas o que é certo é que graças a ela, tenho o Simão e o Eduardo a caminho....

    Vais ver que agora que os embriões estão "fresquinhos" pegam num instante....

    http://embuscadeumpositivo.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  2. Já estive para falar várias vezes contigo sobre isso porque sabia que os teus filhotes são fruto de uma TEC... :) Fico bem mais esperançosa por isso!!!!
    Diz-me uma coisa, quanto tempo depois da FIV fizeste a TEC? Foi mesmo uma FIV ou uma ICSI?
    Pelo que andei a ver as ICSI têm TECs com muito menor taxa de sucesso que as FIV normais... :(
    Fizeste ciclo natural ou com medicação? Os embriões que descongelaste, sobreviveram todos?
    Desculpa estar com tantas perguntas...
    Se quiseres podes enviar-me um email para: coffeeflea@hotmail.com
    Beijinhos para ti e para o Simão e o Eduardo ;)

    ResponderEliminar